sábado, 5 de maio de 2012

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Alternativas ecológicas mais ajustadas na produção

Hoje, uma empresa já pensa em seu passivo ambiental e na forma de como resolvê-lo, fator que pode comprometer seu patrimônio e ser determinante na inviabilidade de sua permanência no mercado na ausência de políticas e ações preventivas.

Como se sabe, o valor de uma companhia é mensurado, dentre outras variáveis, em especial pela imagem que a sua marca projeta nos seus públicos. Em plena era dos ativos intangíveis, a marca passa a representar um dos bens mais preciosos para as empresas, não importando apenas o produto em si, mas a totalidade das percepções, crenças, experiências e sentimentos do consumidor.

Este quadro sinaliza a busca de novas alternativas ecologicamente mais ajustadas na produção, por parte das corporações, no âmbito das demandas da gestão social

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A alma da marca Petrobras, significado e potencial comunicativo





Ao empreender um estudo sobre marcas, Carmem Carril buscava uma marca que fosse, antes de tudo, vigorosa, valiosa e admirada, que fosse amada, fazendo jus ao caráter mais dominante de uma marca: sua capacidade de fixar sentimentos, crenças e valores. Não demorou muito para que sua escolha recaísse sobre a marca Petrobras. Nenhuma outra poderia estar mais habilitada para a investigação da eficácia, persistência, credibilidade, confiança e afetividade que se constituem nas características fundamentais de uma marca. (Trecho do prefácio de Lucia Santaella, professora titular da PUC/SP, sobre o livro "A alma da marca Petrobras", de autoria de Carmem Carril.)

O livro "A alma da marca Petrobras , significado e potencial comunicativo" é fruto de uma pesquisa sobre a natureza da marca, no universo do marketing e da semiótica, em seu simbolismo e evolução temporal. Quer conhecer um pouco mais sobre a publicação? Leia, na íntegra, abaixo, o prefácio, de Lucia Santaella, professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP.

Prefácio de Lúcia Santaella: Um país com duas bandeiras.

Nos últimos cinquenta anos, a história da Petrobras foi se tecendo na mesma malha da história nacional. Essa deve ser uma das razões por que não há no Brasil uma empresa com a qual o país se identifique mais profundamente. São muitos os valores históricos, sociais e culturais que foram se agregando à empresa fazendo dela a empresa... brasileira por excelência.
O vínculo entre a empresa e o país, que está expresso no próprio nome da empresa, Petrobras, bras de Brasil, também aparece no logo da marca da empresa. O primeiro design desse logo, que data de 1958, numa busca explícita por dar expressão a uma identidade nacional, imitava a bandeira brasileira. Com o tempo, o design se modernizou até chegar à sua forma mais minimalista atual. Não obstante o minimalismo, é tal o poder identificatório e simbólico desse logo, que ele continua funcionando como uma espécie de segunda bandeira brasileira.
Sabe-se que uma marca não se destina estritamente à venda de mercadorias, mas, muito mais, à representação de idéias, conceitos, servindo para corporificar desejos e sonhos. É justamente o sonho de brasilidade que a marca Petrobras tem encarnado através de décadas.
Ao empreender um estudo sobre marcas, Carmem Carril buscava uma marca que fosse, antes de tudo, vigorosa, valiosa e admirada, que fosse amada, fazendo jus ao caráter mais dominante de uma marca: sua capacidade de fixar sentimentos, crenças e valores. Não demorou muito para que sua escolha recaísse sobre a marca Petrobras. Nenhuma outra poderia estar mais habilitada para a investigação da eficácia, persistência, credibilidade, confiança e afetividade que se constituem nas características fundamentais de uma marca.
Toda marca é veiculada através de vários meios semióticos de expressão: o seu nome, o design do seu logo, as embalagens dos produtos, os slogans, os jingles, as campanhas publicitárias etc. Tais meios semióticos são responsáveis não só pela criação da marca, mas também por sua persistência no tempo. Dentre esses meios, Carmem Carril escolheu estudar o logo da marca Petrobras, tanto na sua evolução temporal quanto nas suas características semióticas internas. Em que medida esse logo contribui para o potencial comunicativo da marca Petrobras?
Para realizar essa tarefa, a autora realizou um percurso admiravelmente cuidadoso que se inicia por uma reflexão sobre a natureza da marca, continua na sua contextualização no universo do marketing e da comunicação até chegar ao ponto específico de sua análise: o logo da marca Petrobras. A entrada na atividade analítica é devidamente antecedida pela contextualização da marca na história da Petrobras e pela apresentação ao leitor das ferramentas analíticas a serem utilizadas. Essas ferramentas provêm da semiótica de extração peirceana. A autora promete que tais ferramentas lhe permitirão penetrar no coração do potencial comunicativo da marca.
De fato, como se estivesse munida de instrumentos cirúrgicos de sutilíssima precisão, Carmem Carril penetra passo a passo nos interiores semióticos do logo, explorando camada por camada, faceta por faceta seus recursos comunicativos: os aspectos qualitativos (cores, formas, linhas, volumes, dimensões, contrastes, harmonias), os aspectos existenciais (os usos que são feitos do logo, as mídias em que é veiculado, os modos como esse logo aborda seus receptores nos processos comunicativos) e os aspectos simbólicos (seu poder representativo da soberania nacional).
Enfim, o maior ensinamento deste livro está na sua capacidade de nos demonstrar que o poder de penetração das marcas no espírito dos consumidores depende de estratégias não apenas mercadológicas, mas, sobretudo, semióticas. São essas estratégias que, pelo menos em parte, podem explicar por que a marca Petrobras se mantém presente e viva na memória, pensamento e afetividade dos brasileiros.