Este livro originou-se da reflexão sobre o uso de novas ferramentas cognitivas como uma resposta da Petrobras ao desenvolvimento e atividades que preservem a natureza e as comunidades da Amazônia. Cultura Tecnológica Sustentável retrata o diálogo transdisciplinar promovido pelos pesquisadores que integram o Projeto Cognitus (Ferramentas Cognitivas para a Amazônia), em curso, no CENPES (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello da Petrobras).
A complexidade da região exige dos pesquisadores novas estratégias, novos jeitos de fazer logística e monitoramento. Dentre as inovações que permeiam o Cognitus, inserem-se experiências que agregam pesquisas de ponta, abrangendo a construção de dezenas de robôs híbridos e a realização de estudos em computação, sensoriamento remoto e bioquímica, incluindo nano e biotecnologia.
O ineditismo do Projeto Cognitus está assentado, em especial, nas pesquisas sobre o padrão de comportamento da natureza, cujas linguagens e pensamentos advertem aos seres humanos que sua missão não é estar sobre as coisas, dominando-as, mas ficar ao seu lado, cuidando delas. Por isso, o livro representa uma oportunidade para se repensar o esgotamento de paradigmas tradicionais na prática de políticas ambientais frente ao surgimento de novos paradigmas científicos, filosóficos e estéticos, pressupostos dos ideais da cultura tecnológica sustentável.
O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.
Compiladas pela BBC para o Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, imagens mostram as diferenças entre países em que água é um bem facilmente acessível e outros em que conseguir o recurso é uma tarefa arriscada e difícil. Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.
Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso. Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.
No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região. Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.
Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.
EXTRAÇÃO DE ÁGUA PROPORCIONAL A RESERVAS POR PAÍS
O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial. Situações que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões. No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.
O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.